Resenha: Do Estado Social ao Estado Liberal
A obra, que foi elaborada originalmente em 1950, e hoje, sem dúvida, pode ser considerada uma das maiores referências no assunto, conta com 28 capítulos, em que cada um o ilustríssimo professor discorre acerca dos temas fundamentais ao estudo da Ciência Política e da Teoria Geral do Estado, estando entre eles o povo, o território, a nação, o poder estatal, a separação de poderes, o sufrágio, os sistemas eleitorais, a democracia, entre diversos outros de suma importância.
Ainda no prefácio da obra, Bonavides alerta que irá distinguir seu estudo em duas “modalidades” principais de Estado, sendo elas o Estado Social do Marxismo – o Estado socialista, em que há a supressão da infraestrutura capitalista – e o Estado Social das Democracias – em que a infraestrutura capitalista é conservada.
Continuando na parte introdutória do livro, Bonavides descreve cronologicamente o fim dos regimes totalitários para o surgimento de um Estado Liberal. Depois, em contrapartida, o surgimento do Estado Socialista, e após isso do Estado Social, e ainda depois de um novo Estado Social, que visa a garantia dos direitos fundamentais e que é apoiado pelo sistema jurídico e preceitos mais concretos para que isso se efetive. Com isso, Bonavides afirma que o Estado Social pós Segunda Guerra Mundial, e baseado na defesa e proteção dos valores da dignidade da pessoa humana é a única alternativa para a manutenção da democracia.
Após isso, Paulo Bonavides discorre acerca das origens do liberalismo e do Estado Social. Primeiramente, segundo o professor, com o fim do Estado Absolutista devido a revolução burguesa, surge a noção de Estado de direito, que serviria como