Resenha do documentário - Eu me lembro
O filme ‘Eu me lembro’, fez parte da Mostra Cinema pela Verdade, que tinha o intuito de prestar homenagens póstumas a ex-presos políticos e seus familiares, dando voz aos perseguidos pela ditadura golpista, o filme traz para o debate o tema do direito à memória, à verdade e à justiça. No dia 09 de agosto no auditório do G1, eu e muitos outros telespectadores pudemos assistir ao documentário que em particular tinha o proposito de nos fazer atravessar uma linha no tempo. Época impiedosa e cruel, em que muitos dos revolucionários foram submetidos a atrocidades nunca antes vistas, isto porque a ditadura possuía um imenso desejo em reprimir com violência todos os movimentos de oposição no que se referia à economia brasileira da época. A repressão ficou marcada por inúmeros exílios, prisões, torturas e desaparecimentos de cidadãos tornando-se cada vez mais presente no cotidiano da sociedade. Dezenas de pessoas almejam participar das caravanas ainda que permaneça no anonimato; são servidores públicos, perseguidos políticos e até militares, que foram torturados, perderam o emprego e o convívio com família e amigos, ou sofreram alguma restrição por causa da ditadura. Há depoimentos comoventes de gente que esbarrava com seu torturador na rua e nada podia fazer. A Comissão da Anistia foi criada em 2001 e viaja por todo Brasil procurando tornar real o sonho de uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Entretanto a realização desse projeto demorou muito para se auto-firmar e a meu ver ainda caminha a passos lentos. O documentário por si só me emociona e cativa, pois cria relações entre as inúmeras histórias. São cinco anos das caravanas da Anistia numa incansável tentativa de reconstruir a luta dos perseguidos buscando reparação e justiça com um vasto acervo de imagens, de arquivos e de entrevistas. Para muitos, a caravana significa fechar um ciclo. A que mais me marcou foi a de um militar que era