Resenha do conto Dona Pastora
O autor se utiliza de elementos que prende o leitor a fim de descobrir se Antônio Sampaio realmente traía Dona Pastora com Margaridinha ou não.
A personagem de Dona Pastora é interessante analisar como uma mulher tradicional e virtuosa caracterizada por sua ingenuidade, gentileza e é mulher confiável. Durante todo o decorrer da história não crê na possibilidade de haver um relacionamento entre o marido e sua irmã mesmo com as fofocas e insinuações de conhecidos quanto a índole do seu marido.
O conto possui traços naturalistas que ouso comparar com Aluísio Azevedo pela igualdade ao expressar-se e como prendem o leitor para continuar a leitura. Porém, ao comparar Dona Pastora com uma obra de Aluísio como O cortiço vemos que Aluísio constrói muito bem seus personagens e os analisa de certa forma psicológica no que acontece com João Romão em relação à ganância e vontade de enriquecer e os meios que usa para chegar a uma situação confortável. Já Dona Pastora, apesar de usar-se da mesma estrutura textual que Aluísio faz trabalha mais com o decorrer da trama e quanto a questão do personagem mesmo que o conto narrado seja em terceira pessoa mostra a visão de Dona Pastora na história e que no final da trama é previsível sua atitude final anteriormente como honesta, inocente e de bom coração em que vê na morte a libertação de sua dor e sofrimento da traição também uma forma de libertação para os dois adúlteros que mesmo a traindo os liberta para que vivam seu amor sem culpa.
Alfredo de Assis nasceu na cidade maranhense de Riachão. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, alcançou grande nomeada como profundo conhecedor da língua portuguesa e severo defensor da correção no falar e no escrever segundo os ditames da