Resenha do caso dos exploradores de caverna
Esse caso fictício foi desenvolvido com o intuito de fazer-nos repensar nossos conceitos de justiça. Analisando com atenção este caso, chegamos num dilema se a aplicação literal da norma é sempre congruente com a justiça. Continuando a analise, podemos refutar a acusação, ou melhor, a condenação de inúmeras maneiras.
Um dos aspectos a se levar em consideração é a situação que aqueles homens se encontravam. Podemos cientificamente atestar que qualquer indivíduo naquela situação não poderia estar em seu juízo normal. O ato por eles praticado foi realizado em uma circunstância onde não havia absolutamente nenhuma outra opção, estes homens se encontravam no direito natural, em estado de natureza.
Quando em sociedade, estamos naturalmente regidos por um conjunto de normas e direitos que se especificam como direito positivo, isto é, ele se encontra estritamente registrado, mas, ao mesmo tempo em que o homem tem essas obrigações, o estado também tem obrigações para com esse indivíduo, como: segurança, saúde, entre outras. Isso se manifesta como um contrato social, em que cada um cumpre rigorosamente a sua parte. No momento em que aqueles homens estavam na caverna, o estado não tinha como honrar sua parte nesse contrato social. Tanto é que quando questionados acerca de se alimentar da carne de um deles, nenhuma autoridade do governo se manifestou, nem para alertar das possíveis punições que aconteceria se este ato fosse consumado. Então, esses homens também não tinham nenhum compromisso para com o estado, nem poderiam abrir mão de sua sobrevivência para honrar normas que naquela situação pareceriam banais.
É criado então um contrato pessoal entre eles, contrato esse que foi proposto justamente pelo que morre. De acordo com as declarações dos acusados, sabe-se que Wetmore propôs um acordo no qual um dentre eles seria morto para servir de alimento