Resenha do Capitulo II do livro Psicologia da Religião
Em quase todas as culturas que temos conhecimento que já existiram na terra, ocorre de uma forma ou de outra o comportamento religioso, algo que sempre trouxe preocupação na humanidade. Ao psicólogo da religião o que interessa é as diferenças de crenças e manifestações e o fator semelhante no comportamento religioso dessas culturas.
São apresentadas centenas de definições para religião, mas resumindo elas se encaixam em dois grupos. As que realçam o mistério do universo como a de Sir James Frazer e as que salientam o sentimento de dependência, como é ocaso da definição de Schleiermacher. Essas definições também falam do aspecto coletivo e individual da experiência religiosa.
Encontrar a real origem da religião ainda apresenta uma grande dificuldade até mesmo para antropólogos, teólogos, historiadores e outros especialistas. Muitos falam de mana, outros de animismo e tem aqueles que apontam a magia como principal origem das expressões religiosas. A opinião de Otto é a mais aceita no meio acadêmico, que é a de mysterium tremedum capaz de incutir medo tem também o extraordinário poder de atrair o homem.
Mais difícil ainda é apontar quando o homem chegou a ideia de deuses e aos poucos a de deuses individuais. Foi pela busca de resposta para a criação do universo que se chegou ao conceito de um Criador e a contemplação da natureza e dos mistérios do universo que outrora eram definidas como entidades, mostram o que levou o homem a uma explicação religiosa do mundo e junção desses deuses com um só Deus. Em meio as relações sociais o homem chega a ideia de dever e assim o sentimento de culpa e a consciência de sua finitude, junto a experiência do sofrimento, da solidão e da angústia é outro fator social que entra na formação da ideia de deuses, como resposta ao problema fundamental do homem.
O psicólogo observa o efeito do fenômeno religioso na vida do individuo e da sociedade. Na experiência religiosa