PSICOLOGIA SOCIAL DA CONVERSÃO RELIGIOSA
O presente trabalho é uma resenha da obra psicologia Social da conversão religiosa organizado pelo Antônio Maspoli de Araujo Gomes. No primeiro capítulo há o artigo de Edênio Valle como título: “Conversão e pertença: um conceito psicológico clássico ainda em aberto”. Valle inicia seu artigo afirmando que a Conversão é um dos temas mais importantes para a psicologia científica da religião. Através de William James (1902) a Psicologia da Religião passou a ser bem aceita nos ambientes acadêmicos norte-americanos. Até 1920 a psicologia da Religião gozou de bom prestígio, mas devido aos seus repetitivos artigos houve uma progressiva declínio. Na atualidade a psicologia da religião voltou a despertar interesse no meio acadêmico e nas igrejas históricas que buscavam entender a onda de conversão entre as igrejas evangélicas (históricas, pentecostais e neopentecostais) com outras religiões mundiais. Quando se pensa em conversão religiosa no Brasil, há nos últimos decênios uma avalanche conversionista através das redes de divulgação em massa (TV e Rádio) pelas igrejas pentecostais e neopentecostais. Salvos as regras, a religião que se professa hoje já não é a do nascimento, a religião dos nosso pais. Atualmente há uma facilidade de conversão para filosofias opostas de religião, como um neopentecostal se converter a religiões afro-brasileiras. A escolha caminha pelos motivos mais variados, como problemas econômicos, doenças, desemprego e problemas conjugais. Na segunda parte do seu artigo Valle cita Maurílio Penido que distingue a origem da conversão como interna (endógena) e a externa (exógena) que provem de acontecimentos específicos como acidentes, momentos tristes e alegres e relacionamento com pessoas. Tanto a interna ou externa são formadas pela destruição de princípios utilizados para a construção de uma nova experiência religiosa. No terceiro ponto Valle faz uma observação sobre o aspecto teológico da