Resenha De O Som Como Parte Da Narrativa
Matrícula: 40922024
Disciplina: Sonoplastia
TRILHA SONORA: A MÚSICA COMO (P)ARTE DA NARRATIVA
O texto Trilha Sonora: a música como (p)arte da narrativa é a transrição de uma entrevista de Júlio Medaglia feita por uma repórter da TV Bandeirantes. O texto já inicia explicando a ideia crucial para Júlio Medaglia de que quando uma composição é feita ou escolhida para fazer parte de um produto audiovisual, ela passa a assumir uma função descritiva, ou seja, que influencia na maneira como as informações, as ideias no desenvolvimento do conteúdo da obra são transmitidas.
Na reportagem, Júlio Medaglia também contextualiza as trilhas sonoras historicamente. Primeiramente ele cita dois momentos importantes em relação ao uso das trilhas sonoras no Brasil: o primeiro deles foi o das trilhas sonoras utilizadas para os filmes da Vera Cruz – foi alcançado o mais sofisticado padrão técnico e artístico brasileiro até então; o outro momento foi o da sonoplastia de rádio dos anos 1940/50, onde o chamado “sonoplasta” fazia as trilhas sonoras. Nestes experimentos, era aproveitado o fato de que a imaginação vai bem mais além que a imagem. Desta forma, o ouvinte era motivado a participar dos programas radiofônicos de maneira ativa.
Júlio Medaglia explica que, nesta época, apenas composições dos grandes mestres da música clássica cmpunham as trilhas sonoras. Mais que isso, os sonoplastas davam preferência ao repertório de vanguarda da música do século XX. A sonoplastia de 20, 30 anos atrás usava o repertório clássico simplesmente porque essa era a única forma de música desenvolvida e sofisticada que existia.
Com uma visão muito otimista, Júlio Medaglia continua sua descrição da evolução histórica da sonoplastia dizendo que, do final dos anos 1950 para cá, diversas formas de cultura popular foram evoluindo tecnicamente e acabaram por criar um volume e um ritmo de consumo muito grande, forçando a criatividade popular urbana à frequentes renovações e,