Resenha de um livro de Gareth Morgan
Resenhado por : André Farias Lemos
O segundo capítulo do livro “Imagens da Organização”, de Gareth Morgan, começa falando sobre uma parábola do sábio chinês Chuang-tzu, que viveu no século IV a.c, acerca de um homem do campo, Tzun-gung, que em uma viagem conheceu um velho que irrigava sua horta de maneira “ineficiente” , então ele apresenta uma forma de irrigar que exige menor esforço e tem maior “eficiência” , a utilização de um sistema físico, onde uma máquina rudimentar faria a água brotar em maior quantidade, uma bomba d’água. O velho enraivecido e com sua “velha maneira” de pensar o mundo relaciona diretamente a mecanização do trabalho à mecanização das relações interpessoais e da vida cotidiana, em outras palavras. O texto então volta ao mundo moderno que, de fato, assustaria o velho ancião, uma metáfora de um mundo antigo que prefere uma “vã filosofia” ao mundo “concreto, produtivo e eficiente” do trabalho, que de certa forma é moderno, mesmo que tenha em sua intima essência toda aquela “vã filosofia” dos “velhos” do antigo mundo. Dentro dessa concepção, a forma mecânica de pensar, arraigada nas nossas mentes durante tantas décadas, alicerçou o estilo burocrático criando dificuldades para a entrada de novas percepções organizacionais. As organizações são propostas como um fim em si mesmas. São instrumentos criados para se atingirem outros fins. Isso é refletido pelas origens da palavra organização que deriva do grego orgamon que significa uma ferramenta ou instrumento. Com a evolução das máquinas no período da Revolução Industrial, o meio organizacional teve que se adaptar as ordens cronológicas exigidas pela mecanização. Os turnos de trabalhos passaram a ser monitorados no relógio, os operários se desdobravam para conseguirem atender a demanda de que as