Resenha imagens da organização
Gareth Morgan retrata neste capítulo mais uma metáfora sobre as organizações, suas diferentes culturas e suas influências. O autor inicia fazendo um paradoxo entre a cultura organizacional americana que detinha a liderança nos anos 60 e se vê, a partir dos anos 70, ameaçada com a hegemonia do Japão. O estilo de transformar o difícil no possível fez com que os japoneses pudessem dar um passo gigantesco na qualidade e confiabilidade dos seus produtos. A cultura e a forma de vida japonesa foram fatores preponderantes para essa ressurreição, tornando-se uma potência mundial, não inferior a qualquer outra. A partir desse período os teóricos e administradores dão maior ênfase a diversos estudos sobre cultura e organizações, cremos que para entender esse fenômeno chamado Japão. Metaforicamente a palavra cultura vem de cultivo, de plantar, no entanto refere-se ao padrão de ideologias, crenças, leis e ritos quotidianos, hoje em dia, cultura nos faz ver que diferentes grupos de pessoas têm diferentes estilos de vida. Morgan cita o cientista político Robert Presthus que sugeriu que vivêssemos numa “Sociedade Organizacional”, onde grandes organizações podem interferir no dia-a-dia das pessoas de forma peculiar e bem diferente, levando-se em conta o meio onde estão inseridas. Essas organizações têm rotinas e rituais que as identificam como uma vida cultural distinta quando comparada com aquela em sociedades mais tradicionais. Trabalhadores do Século XVIII têm culturas e rotinas diferentes dos trabalhadores do Século XIX, e assim por diante. Mudam-se os contextos, mudam-se as culturas. O sociólogo francês Emile Durkheim mostrou que o desenvolvimento das sociedades organizacionais é acompanhado por uma desintegração dos padrões tradicionais de ordem social, em termos de ideais