Resenha de Palestina
9 DE AGOSTO DE 2013
O livro Palestina retrata a passagem de Joe Sacco pelo oriente médio, coletando informações a respeito da vida da população que sofre as conseqüências do conflito entre palestinos e israelenses. O livro é escrito em quadrinhos, o que facilita a recriação das cenas e cenários, mais enfaticamente as expressões das personagens, geralmente de tristeza ou cansaço, o que ressalta o sofrimento das histórias contadas.
Sacco, em sua passagem pela Palestina, obtém relatos de diversas famílias, em meio a conversas e chá quente, este presente em qualquer recepção. Por todo o decorrer das histórias reunidas contadas no livro, os acontecimentos são muito semelhantes de relato para relato, contendo sempre algum momento de prisão, de pressão e opressão, de hostilidade profunda, além do pavor a qualquer menção de soldado israelense. Em certo momento do livro, Sacco brinca com o contexto, dizendo que ali difícil era alguma família não ter histórico de prisão. Havia, inclusive, quem se gabasse deste fato, pois mostrava uma postura de resistência.
À medida que ele vai conhecendo novos personagens, e adquirindo mais conhecimento e mais proximidade com aquela realidade, suas impressões passam por uma mudança, que ele deixa clara ao comparar o “antes” e o “depois”, tudo que ele viu noticiado sobre o conflito no exterior, que se mostrou um conteúdo tendencioso, e tudo que ele viu do lado de dentro da situação, que é o que realmente acontece, mas dificilmente é contato de forma completa.
Em dado momento, há uma conversa específica contada no livro, que, embora muito breve, é essencial para que se passe uma compreensão simples e óbvia para os leitores. Em Jerusalém, ele conhece um judeu americano que ao falar superficialmente sobre sua vida, é claramente perceptível sua distância daquela cultura e daquele mundo, mesmo que ao final ele reafirme que aquela é a sua terra. Nesse ponto, é lançada uma frase e a partir da frase, uma reflexão: Uma