monalisa
Jornalismo Opinativo
Resenha: O Filho do Outro
O terceiro filme da diretora Lorraine Levy traz como temática uma guerra sem precisar de cenas de brigas e explosões. Com cenas que retratam o cotidiano de famílias judias e palestinas, O filho do Outro mostra uma briga que perduram desde a divisão das terra da Palestina para a criação de um lar para os judeus.
O filho do outro mostra o drama de duas famílias, uma judia e outra palestina, que descobrem, 18 anos depois que um de seus filhos foram trocados no dia em que nasceram. Além de toda a dor que uma situação como essa poderia causar à uma família, os jovens trocados, e suas famílias precisam descobrir como lidar com a questão do ódio que existe entre seus povos.
O chefe da família palestina que mostra uma visão clara quanto aos judeus se vê em um dilema entre os sentimentos pelo seus filho e as tradições de seus povo, e tenta por algum tempo fingir que a situação não está acontecendo.
Outro detalhe mostrado também no filme é como esse sentimento de ódio pode existir de formas tão distintas em pessoas de uma mesma família, como é no caso de Yancine e Bilau, que ao saber do que aconteceu com sua família tem uma reação impetuosa.
O filme mostra um lado de Israel e da Palestina que não é comum no cinema e ou televisão, apesar da guerra existente, que pode ser exemplificada nas revistas para entrada de uma país para o outro, onde soldados verificam documentos e bagagens de cada pessoa, o filme traz belas imagens do cotidiano dos países que não são tão comuns de serem mostradas, como exemplo jovens passeando na praia em Israel, e famílias que cantam e dançam ao redor de fogueiras e jovens jogando bola na palestina.
Apesar de toda questão da dor de terem seus filhos trocados, e uma questão de conflitos como os dos povos palestinos e israelitas, o filme consegue cativar o telespectador, com uma trama bem construída e desfecho