Resenha de Justiniano

Resenha de ‘’Ação, Reação e Transação’’ – Justiniano José da Rocha

Durante o Segundo Reinado, as batalhas políticas constituíram-se como lutas de ideias e configuraram complexo debate. Tal debate teve como arena, um “espaço público” que se pode entender como as casas do legislativo e a imprensa. As grandes demandas de um Estado nacional disforme e como a manutenção dos monopólios coloniais pela Monarquia eram alguns dos pontos principais levantados nas discussões.
Justiniano José da Rocha, autor de ‘’Ação, Reação e Transação’’, nascido em 1812, graduou-se em Direito pela faculdade de São Paulo em 1833. Além de advogado, foi professor de História e Geografia, diretor do Correio Oficial, membro do Conselho de Instrução Pública da Corte, do IHGB, censor do Conservatório de Arte Dramática e deputado pela província de Minas Gerais na quinta, oitava e nona legislaturas. Dentre todas as ocupações das quais teve cargo, Justiniano teve presença notável no jornalismo por seus textos militantes. No início de sua carreira, teve publicações de cunho conservador e regressista opondo-se à Regência n’O Atlante e n’O Chronista.
Por sua posição favorável ao partido da Ordem, o jornalista ganhou a alcunha de ‘’pena a serviço dos conservadores’’, além de ter sido acusado de receber dinheiro e até escravos para escrever. Tal denominação manteve-se pela veia jornalística de Justiniano, mas também por sua ação intensa nas disputas na imprensa que não se resumiu aí, porém agregou, à história que ele ajudou a construir, uma síntese de algo experimentado por ele, marcado por objetividade política e por sensibilidade histórica.
No texto ‘’Ação, Reação e Transação’’, o autor trata do período de criação do Estado nacional brasileiro, com uma visão conservadora sobre as disputas políticas referentes ao período em questão. Ao longo da argumentação, a proposta é de se traçar uma linha das disputas políticas que tem como partida a Independência, em 1822, e tem fim na chamada conciliação,