Extração da trimiristina
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA – UFRJ
São Gonçalo, 27 de maio de 2014
AULA PRÁTICA IV – Extração da trimiristina da noz moscada.
1. Introdução
A noz moscada (Myristica fragrans) pertencente à família da Miristicaceae é uma semente natural da Índia Oriental. Sua composição química é bastante variável. De acordo com Alonso (1998), cerca de 30 e 40%, é de material graxo, composto pricipalmente por miristina ou ácido mirístico.
A noz moscada era considerada a “especiaria da loucura” (Le COUTEUR e BURRESON, 2006). A propriedade alucinógena pode ser provavelmente, decorrente das moléculas miristicina e elemicina. A miristicina (C11H12O3) atua como narcótico e é tóxica se ingerida em grandes quantidades (ALONSO, 1998).
Uma outra molécula da noz-moscada, o safrol, é o material usado na fabricação ilícita do composto 3,4-metilenedioxi-N-metilanfetamina, abreviado com MDMA, mais conhecido como ecstasy (Le COUTEUR e BURRESON, 2006):
Via reações químicas --------------------
O constituinte lipídico majoritário da noz-moscada é a trimiristina (figura 6), uma gordura que se encontra no estado sólido à temperatura ambiente, um triacilglicerol (lipídio saponificável), de cuja hidrólise se obtém o ácido mirístico (ácido graxo saturado, C14H28O2), que pode ser utilizado como substituto da manteiga de cacau e até mesmo na produção de biodiesel. Essa prática consiste na extração deste lipídio.
2. Objetivo
Ilustrar o emprego da técnica de recristalização e a obtenção do ácido mirístico por extração a quente.
3. Materiais e reagentes
Materiais: balão de fundo redondo, manta aquecedora, suporte, garra, condensador de Allihn, extrator soxhlet, pipeta graduada, pêra de aspiração, papel de filtro, funil de Buchnner, frasco kitazato, bomba de vácuo e mangueira de látex, pedras de ebulição.
Reagentes: noz moscada moída, hexano,álcool etílico.
4. Metodologia
Em um balão de fundo redondo colocou-se