Resenha de Instituições Políticas Brasileiras, Oliveira Vianna

OLIVEIRA VIANNA, Francisco J. Instituições Políticas Brasileiras, 3ª ed. 2 vols. Belo Horizonte: Itatiaia, 1974.
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Inicialmente na introdução desta obra trata do pensamento autoritário brasileiro e suas implicações históricas e articulações. Antonio Paim retorna ao período republicano para exemplificar o que escrevera, pois naquele período estava marcado pela ascensão do autoritarismo polítco. Ele cita o Castilhismo, inspirado em Comte, uma corrente política autoritária de Julio de Castilhos(1860/1903) no Rio Grande do Sul. Esta elite chega ao poder com a Revolução de 30 e a partir do governo de Getúlio Vargas e a implantação do Estado Novo, o Castilhismo se consagra. Paim também cita outras correntes autoritárias do mesmo período como o Integralismo e a colaboração de Oliveira Viana para fortalecer o Poder Central em torno de Vargas. Antes de entrar no mundo das ideias de Oliveira Viana e na importância que as mesmas tiveram na nossa história política, se faz necessário falar um pouco da vida e obra deste pensador. Francisco José de Oliveira Viana nasceu na cidade de Saquarema, em 1883 no interior da cidade do Rio de Janeiro. Educou-se e cresceu na capital fluminense, concluindo o curso de Direito em 1905. Dedicado ao jornalismo e ao magistério, entra no Corpo Docente da Faculdade de Direito de Niterói em 1916. Seu primeiro livro, em 1920 com 37 anos de idade, é Populações Meridionais do Brasil e no mesmo período O Idealismo da Construção. Torna-se depois da Revolução de 30 Consultor da Justiça do Trabalho, desempenhou um papel importante na ordenação do direito do trabalho brasileiro. Integrou o TCU em 1940 fazendo-o deixar de lado sua obra, retomando apenas após o fim do Estado Novo. Faleceu aos 68 anos em 1951 e também pertenceu a Academia Brasileira de Letras. Neste primeiro tópico, vida e obra de Oliveira Viana, Paim comenta sobre Populações Meridionais do Brasil onde Viana contraria a tradição que considera o povo brasileiro homogêneo,