Resenha de “Chatô – O rei do Brasil”
Nascido na Paraíba em 1892, a sua gaguice não o impediu de fazer faculdade de Direito, aprender alemão e francês, posteriormente tornando-se o jornalista que mudou a história do Brasil.
Chateaubriand tornou-se dono de um império da comunicação, formado por dezenas de jornais, as primeiras revistas e emissoras de TV e rádio, além de empresas não relacionadas com a área.
Mas essa história não é o foco do livro de Fernando Morais, Chatô mostra o lado de Chateaubriand além do seu império e conquistas. Ao longo da biografia, é relatada a sua dedicação e perseverança perante a sua profissão de jornalista. Também, é possível perceber sua caracterização como anti-ético, chantagista e manipulador, o autor faz questão de apontar os aspectos negativos do perfilado, destacando principalmente sua falta de escrúpulos para conseguir o que queria. Sem se importar com as consequências, utilizava-se de diversos artifícios para ganhar dinheiro.
Aproveitava o seu nome e poder para manipular e manter-se parcial perante as notícias, indo completamente contra aos parâmetros do que era ser um jornalista na época. Esse seu lado é bem mostrado quando trata-se da campanha de Getúlio Vargas, na qual Chateaubriand ficou claramente a favor, sempre publicando imagens e textos que favorecessem a campanha.
Essa persistência e presunção formou a sua reputação e nome, sempre associado a muito intimidação. Sem se deixar abalar, colecionou muitos inimigos e fez questão de manter suas relações em público, sempre provocando-os abertamente.
Fernando Morais também aborda aspectos da vida pessoal de Chatô, como foi apelidado, assim como sua relação com suas esposas e namoradas. O autor o coloca como “mulherengo” e deixa subentendido que o jornalista foi um péssimo marido e