resenha de 50 tons de cinza
Foi naquelas condições que conheceu Madalena, uma mulher misteriosa que lhe ofereceu ajuda e um futuro promissor, em troca de “alguns favores”, que seriam revelados quando fosse preciso. Olívia hesitou no primeiro momento, uma vez que, na rua, acostumou-se a desconfiar de tudo e de todos. Porém, como não tinha mais nada a perder, aceitou a proposta.
Madalena percebeu o potencial de Olívia e a importância da mesma na execução de seus planos. Por isso, resolveu investir na nova “afilhada”. Olívia cresceu, aprendeu vários idiomas, formou-se em engenharia civil e logo conseguiu emprego em uma das maiores construtoras do país. Àquela altura, ela já sabia o quanto Madalena poderia ser perigosa. Após tantos anos, era hora de pagar a dívida, nem que fosse por meio de derramamento de sangue.
Alimentei expectativas antes da leitura. A capa preta me induziu a esperar uma trama sombria, com mistério e sangue. O primeiro capítulo cumpriu esse papel. A autora começou a história no auge da adrenalina, com uma cena bem dramática. No segundo capítulo, há uma volta ao passado e a protagonista é apresentada, com ênfase em todos os seus traumas.
Senti dificuldade para visualizar determinadas cenas. Inicialmente, achei os diálogos muito superficiais, por causa da formalidade. O distanciamento entre as conversas no livro e a nossa forma de falar no cotidiano, acabou engessando os personagens. Algumas vezes, até pareciam robôs.
Com o desenvolvimento da trama, essa má impressão perdeu força e eu me acostumei com a escrita da autora. Porém, outro ponto passou a me incomodar: a barriga que se instalou na história. A rotina de Madalena e de sua afilhada, Olívia, se desgastou. Aquele ritmo