Resenha david ricardo
Capítulo I (David Ricardo)
Discente: Fernando Rodrigues de Oliveira
David Ricardo discorda da teoria de Smith, com muita propriedade e rigor teórico nos seguintes pontos:
A quantidade de trabalho empregada numa mercadoria e quantidade de trabalho que essa mercadoria pode comprar não são necessariamente iguais. A primeira mostra corretamente as variações nas demais coisas, ao passo que a segunda é sujeita a flutuações. Por isso, Smith está errado quando escolhe o trigo ou o trabalho como um meio para a determinação do valor variável das outras coisas. Ricardo diz que o trigo também pode variar em função de muitos fatores como, por exemplo, um aperfeiçoamento da agricultura ou de uma descoberta de novas extensões de terras férteis. Não só o trigo, como muitas outras mercadorias apresentam um valor sujeito a variações decorrentes de aperfeiçoamentos da técnica de produção e movimentos da oferta e da demanda.
Por outro lado, concorda com Smith quando este diz que quantidade comparativa de mercadorias que o trabalho produzirá é que determina o valor relativo delas, e não as quantidades comparativas de mercadorias que são entregues ao trabalhador em troca de seu trabalho. Contudo, ressalta que esse raciocínio se limita ao estado mais rude e primitivo da sociedade, que antecede tanto a acumulação de capital como a apropriação da terra, que são fenômenos que exercem efeitos sobre o valor relativo.
Quando duas mercadorias variam em valor relativo, em alguma delas a variação realmente ocorreu. Para saber qual é, seria necessário identificar se variou ou não a quantidade de trabalho e capital necessária para produzi-la. Segundo Ricardo, Smith erra por não saber identificar a causa da variação do valor das coisas.
No que se refere a considerações sobre qualidade do trabalho, Ricardo afirma que qualquer que tenha sido o tempo necessário para adquirir destreza num tipo de trabalho manual mais do que em outro,