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Cinquenta anos de pensamento na CEPAL – Uma Resenha

Na resenha de Ricardo Bielschowsky, de 1998, o objetivo é reconstituir a trajetória do que foi considerado, nos 50 anos de existência, o principal ponto de informação e debates quanto a realidade econômica e social latino americana. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) é baseada em um principio normativo, sendo este o ponto de partida para entendimento da contribuição da mesma, que seria a necessidade de uma contribuição vinda do Estado para que houvesse a capacidade de se ter um desenvolvimento econômico na áreas de periferia.

Raul Prebich foi um dos principais colaboradores da escola cepaliana. Criador de uma teoria estruturalista sobre o subdesenvolvimento da periferia, ajudou a construir toda a base de análise e suas consequências. Além disso, examinou a transição nos países latino-americanos, a partir de suas peculiaridades econômica e sociais.

A ideologia industrializante ganhou força junto ao processo de industrialização em que os países latino americanos se inseriram a partir da Segunda Guerra Mundial. Com a fundação da CEPAL, houve o início da apresentação de analise econômicas destes países.

Como era feita a partir uma analise a partir da dinâmica dos países periféricos, muitas vezes em comparação com os países considerados “cêntricos”, foi criada por Prebisch uma distinção entre o funcionamento das economias em países industrializados e aquele encontrado em economias especializadas em produção de um bem primário.
A tese formulada por Prebisch previa a deterioração dos termos de troca. Para ele, a teoria das vantagens comparativas prevista por David Ricardo era falha. Segundo Prebisch, não era possível que um pais com estrutura de produção e emprego subdesenvolvida fosse capaz de reter capital para se desenvolver. Desta forma, a especialização prevista na teoria de Ricardo, como impulsionadora para um desenvolvimento, era falha. Para o colaborador da CEPAL,