ECONOMIA - ADAM SMITH
Capítulo 7: O convencionalismo de Adam Smith e abstracionismo de Thomas Malthus e David Ricardo
O capítulo em questão aborda a metodologia dos economistas clássicos: o convencionalismo de Adam Smith e o abstracionismo de Thomas Malthus e David Ricardo. Expõe as ideias básicas, primeiramente, de Smith, considerado o pai da ciência econômica, e suas contribuições para a metodologia da ciência.
Sobre Smith, Barbieri e Feijó descrevem seu pensamento convencionalista por ter, assim como outros filósofos do século VIII, a visão de que o conhecimento provém de sensações, não acreditando na verdade das teorias e sim que elas são exercícios para tranquilizar a imaginação. Deste modo, Smith se aproxima também das ideias de David Hume e de Isaac Newton e, como representante do iluminismo escocês, também adere a um método que privilegia a razão, não sendo, no entanto, um seguidor do racionalismo cartesiano.
De Newton, ainda, Smith reteve a noção de sistema ordenado, formulando, a partir disso, “a ideia de que a explicação econômica teria de ser análoga à forma com que se explicava cientificamente o universo como uma máquina organizada de movimento repetitivo” e, em analogia à natureza física, acreditava que “o sistema econômico deveria funcionar de modo independente da vontade humana”, com suas próprias leis que o regulariam naturalmente. O principal livro do qual se pode entender a metodologia do pensamento de Smith não é, no entanto, sua mais famosa e importante obra: “A Riqueza das Nações”, de 1776 e sim seu ensaio sobre “Os princípios que guiam e conduzem a investigação científica ilustrados pela historia da astronomia”, escrito por volta de 1750. Em seu ensaio, Smith afirma nitidamente estar seguindo o método de pensamento newtoniano, não acreditando que o conhecimento científico um verdadeiro substrato ontológico. E, ainda, “a causa da investigação cientifica é a busca de uma ponte entre as aparências, mas tal ponte não precisa ser verdadeira ou