Dissertação argumentativa
Texto 1
A eloquência dos números
Rosinha Garotinho Mais do que palavras e discursos, os números. Quase sempre, eles dispensam explicações. São eloquentes em si; bastam para traduzir com clareza um momento da vida de um município, estado ou país. Se a dialética política comporta meias-verdades, permite sofismas e relativiza posições, os números não. São ao mesmo tempo frios e blindados a tentativas de distorção. Trazem em si o significado incontrastável da lógica cartesiana – um eficiente antídoto a manipulações. Os adversários se inquietam, lançam-se a críticas descabidas, esforçam-se na busca de argumentos para tentar esvanecer o brilho de nossas conquistas. Mas não há como discordar de que o Estado do Rio de Janeiro atravessa um virtuoso ciclo de desenvolvimento. Em 2005, nossa economia cresceu 5,06%, mais do que o dobro do PIB nacional. A despeito das restrições impostas pelo modelo econômico do país, o estado deu mostras de pujança. E o fez a partir de uma cuidadosa estratégia de desenvolvimento, que contempla incentivos e investimentos em absoluto ajuste com as vocações regionais. Se o petróleo contribuiu para a exuberância do resultado, o fato deve ser celebrado. Afinal, por obra de Deus e descoberta dos brasileiros, o Estado do Rio detém 83% das reservas nacionais. Não há por que se envergonhar desta dádiva. Ao contrário, é razão de júbilo. O Estado do Rio cresce com sua política de desenvolvimento, da qual o petróleo, sem embargo, é parte fundamental. Excluí-lo seria o mesmo que Minas Gerais diminuir a importância do seu minério, o Paraná desdenhar da sua produção de energia ou o Rio Grande do Sul lamentar sua riqueza agrícola. Cabe ao poder público potencializar os efeitos deste privilégio que a natureza nos concedeu, missão que estamos cumprindo de forma exemplar. Criamos o Pólo Gás-Químico em Duque de Caxias, onde já se instalaram 23 empresas, fortalecendo toda