resenha da civilização do espetaculo
De início, Llosa começa recordando obras de cinco autores que, ao longo das últimas décadas, se detiveram ao mesmo estudo, começando por T.S.Eliot, seguido de George Steiner que dedicou um livro inteiro a refutar as teses de Eliot. Em seguida vem Guy Debord afirmando que o indivíduo se entrega ao consumo. O quarto autor é Gilles Lipovetsky que analisa a questão pelo aspecto da globalização, e por fim, o sociólogo Frédéric Martel.
Através de uma linguagem acessível, o texto mescla momentos de narração- que são feitos em primeira pessoa- com momentos de reflexões, que dão maior interesse ao livro. Uma característica marcante, é a definição do título como sendo “a civilização de um mundo onde o primeiro lugar na tabela de valores vigentes é ocupado pelo entretenimento, no qual divertir-se, escapar do tédio, é a paixão universal”.
Durante a leitura do livro, torna-se claro que a cultura se aproxima cada vez mais do lazer e se afasta do raciocínio. Diante disso qualquer iniciativa que exija algum esforço maior tende a ser rejeitado pelo leitor em busca de prazeres fáceis e instantâneos. E isto se encaixa perfeitamente, ao vermos pessoas indo ao cinema, ópera, museu, exposição, etc. com o intuito de parecerem, para si mesmas e para os outros, cultas. E se dão por satisfeitas com isso. O trabalho intelectual, que resultaria em uma pessoa culta ao longo dos anos, é ignorado.
A civilização do espetáculo manifesta sua transparência na atividade política, sobre a mídia, o sexo, a falta de erotismo, cidadania, poder, capitalismo e religião. E alega que a "democratização da cultura” produziu um efeito de "trivialização e vulgarização da vida cultural”. De acordo com autor, essa tendência à banalização é irreversível e crê que a