Resenha Crítica - Pinóquio as avessas
CURSO: PSICOLOGIA – TURNO: MATUTINO
RESENHA CRÍTICA: PINÓQUIO AS AVESSAS
ALEX SANDRO GOMES
SÃO PAULO – 2013
Pinóquio às avessas
Em o “Pinóquio as avessas”, Rubem Alves nos trás a estória de Felipe, uma criança curiosa, criativa, cheia de perguntas e com um olhar de espanto característico das crianças em fase de descoberta do mundo que as cerca. Porém ao entrar para a escola, o menino aos poucos vai perdendo a sua capacidade de sonhar, imaginar, criar, questionar e transformar, consequências de um sistema de educação rígido e conservador que não leva em consideração as características individuais do sujeito e o conduz a um padrão produzido para atender ao mercado de trabalho.
Com uma narrativa simples, o autor tece uma crítica sobre o modelo vigente de educação, o tradicional. Onde o comportamento é engessado, não existe a escolha por parte do aluno do que aprender, “aprende-se” aquilo que o sistema impõe, o que cairá na prova, no vestibular, tudo o que você aprendeu fora da escola não tem valor. O livre pensamento é censurado, deve-se pensar naquilo que o professor quer, pois é o que está no programa. Não existe o individual, todos devem aprender a mesma coisa no mesmo ritmo, mas só os que terminam primeiro são recompensados, não existe interação, apenas o incentivo a competição.
O professor é o objeto da relação, detentor do saber, aquele que determinará o sujeito, aluno. A relação é unilateral, diretiva, o professor fala, o aluno escuta. Aquele ensina este “aprende”, um pergunta o outro responde. E assim prevalece a crença baseada em uma perspectiva empirista de que o conhecimento pode ser transmitido assim, transferindo para o aluno uma quantidade absurda de informações esperando que este assimile tudo passivamente.
Essa estória, com toda sua simplicidade aborda uma realidade da educação brasileira ainda longe de uma mudança concreta. Uma escola que não leva em consideração o cotidiano