Resenha crítica filme quanto vale ou é por quilo

Por: Juliana Marisol de França
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS –UFSCar
GRADUAÇÃO TERAPIA OCUPACIONAL
Narrativa sobre o filme Quanto Vale ou é por Quilo?

Assistir ao filme me fez voltar as aulas de História e retomar sentimentos de indignação referentes a escravidão. O filme faz uma analogia dos dias passados –com o trabalho escravo- com os atuais, onde a escravidão permanece sutilmente, na exploração de pessoas humildes, da miséria.
Fica bem evidente o abuso por parte de algumas ONG’s que deveriam prover ajuda àqueles que necessitam. A ONG “Projeto de Informática na Periferia” exibida no filme, retrata bem isso, desvia verbas do governo que seriam destin’adas á compra de computadores para a comunidade, em seu beneficio próprio, deixando assim de contribuir e ajudar quem realmente precisa.
O filme de uma maneira bem realista traz à tona, problemas sociais, a desigualdade, o poder do capitalismo, a lavagem de dinheiro e a corrupção como forma frequente de se obter lucro em cima dos menos favorecidos.
Observamos questões que pareciam ter ficado no passado, mas infelizmente ainda vemos a discriminação dos negros e dos mais pobres e o pior, a exploração em cima destes e a falta de oportunidade que estes têm. Isso me remete aos moradores do Jardim Gonzaga, que em algumas circunstancias, quando procuraram emprego, tiveram que mentir ou omitir sobre o local onde residiam, pois muitos empregadores ainda tem um enorme preconceito com a comunidade, já que esta é marcada pela violência e o tráfico, sendo assim, estes acabaram perdendo grandes oportunidades pelo preconceito.
A hipocrisia é bem evidente no filme. Muitos fecham os olhos ou fingem estar tudo bem diante de tanta desigualdade e ainda aproveitam-se dessa desigualdade para obter lucros cada vez maiores. Aproveitam da jogada de marketing, da “venda” de ajuda aos pobres.
Há aqueles que lutam pelos seus direitos, o direito à democracia e acabam oprimidos pela classe dominante, assim como era na época do