Resenha Crítica Erwin
I Resumo
Wendt inicia seu texto mostrando que, levando em consideração o forte interesse atual dos acadêmicos de Relações Internacionais em atores não estatais, política interna e globalização, a preocupação da obra “Teoria Social” com Estados e com o sistema de Estados parece estar fora de moda. Segundo ele, o mesmo não pode ser dito da parte filosófica do livro em que ele tentou fazer algo que, em um artigo clássico, Friedrich Kratochwil e John Ruggie (1986) disseram não poderia ser feito: encontrar uma posição intermediária entre positivismo e interpretativismo combinando a epistemologia de um com a ontologia do outro. Mas depois do "Terceiro Debate" a maioria dos estudiosos Relações Internacionais hoje parecem pensar que a ideia de tal posição intermediária é incoerente, ou seja, é preciso ser um positivista ou um interpretativista.
As ciências sociais na atualidade compartilham essa visão de mundo clássica. Para os positivistas, por exemplo, nada na vida social se opõe o tipo de análise objetiva, característica da observação da matéria feita pelos físicos clássicos. A visão de mundo clássica é menos aparente no interpretativismo, com a sua rejeição explícita de uma "física social".
Dificilmente poderia ter sido de outra forma, uma vez que não houve nenhuma revolução quântica nas ciências sociais e estas são as duas únicas visões de mundo que temos. O histórico da ciência social clássica é mesclado, na melhor das hipóteses. Embora os cientistas sociais tenham realizado importantes avanços na explicação da vida social, disputas metafísicas assolam o campo e até mesmo as melhores teorias sociais enfrentam anomalias significativas.
Isso leva um pensamento pecador: e