victor hugo e boileau
Victor Hugo acreditava que a realidade da arte era uma realidade absoluta, e a arte não poderia representar a própria coisa, como se fosse uma espécie de espelho que reflete a natureza. “Espelho de concentração que longe de enfraquecê-los, reúna e condense os raios corantes, que faça de um vislumbre uma luz, de uma luz uma chama. Só então o drama é arte” (HUGO, 2002,p. 69). Hugo defendia também que poderia misturar os elementos, tragédia com comedia.
Para Boileau um gênio tem que agradar ao seu publico com sua arte, e um gênio é aquele que cria a arte como a natureza cria os frutos. Arte não consiste na realidade e sim potencia criativa. “Seja simples com arte, sublime sem orgulho, agradável sem artifício” (BOILEAU, 2012, p. 18).
Para que a obra tenha um mérito de ser reconhecida como boa, os dois elementos tem que andar ligado. Se o livro não é bom, o prefacio também não será, o prefácio pode ser de extrema importância, mas ele tem que conter as “regras”, de acordo com que o gênio a cria e seus critérios. Pode acontecer que o valor da obra poder ser muito bom, mas a obra em si considerada ruim por alguns, mas isso quem define se a arte é boa é o valor. “Os homens de gênio, por maiores que sejam, têm sempre em si o animal que parodia sua inteligência.” (Victor Hugo)