Resenha Crítica do livro: Psicogênese da Língua Escrita
"Psicogênese da Língua Escrita" (Artmed, 1999, 297 páginas), de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, traz uma investigação, dividida em oito capítulos, que tornou possível descrever o processo de aquisição da língua escrita o qual se torna objeto de conhecimento para criança. No primeiro capítulo as autoras se remetem aos princípios básicos em que se constrói o processo de aprendizagem. Tendo cinco referenciais: (1) A situação educacional na América Latina, onde apresentam dados sobre a situação educacional demonstrando a magnitude dos problemas em relação ao analfabetismo e sobre a importância em relação aos adultos de sanar esta carência e as crianças de prevenir o analfabetismo a partir de sistemas educacionais justos, igualitários e eficazes. (2) Métodos tradicionais de ensino da leitura, onde se relata dois tipos: os métodos sintéticos (a aprendizagem da leitura e da escrita é uma questão mecânica, adquiri-se a técnica para decifrar o texto, o processo de é visto como associação de respostas sonoras e estímulos gráficos), e os métodos analíticos: a leitura é um ato global e ideovisual. (3) A psicolinguística contemporânea e a aprendizagem da leitura e da escrita, tratam do grande impacto da gramática generativa, onde as práticas habituais no ensino da escrita são contribuições do que se sabia sobre a aquisição da língua oral. (4) A pertinência da teoria de Piaget para compreender os processos de aquisição da leitura e da escrita, introduz a escrita enquanto objeto de conhecimento e o sujeito da aprendizagem como cognicente, introduz também a noção de assimilação. (5) Características gerais das investigações realizadas, encontrou-se correlações entre fracasso na lectoescrita e deficiências paralelas em outros domínios exteriores nos estudos que foram realizados e que envolveram crianças de 4, 5 e 6 anos, de vários meios sociais em 6 escolas na Argentina, México, Espanha e Brasil. O segundo capítulo