A ética, em sua complexidade, é o reflexo do comportamento humano, muito embora possa ser vista apenas como um estudo deste comportamento. Dentro do âmbito geral está a questão da liberdade, que faz pôr em prática a realização dos comportamentos humanos, sendo que este comportamento pode está ou não ligado por uma consciência moral, por princípios e valores aceitos. Existe ética profissional, moral, política, social, por isso ela está ligada ao cotidiano, norteando questões, costumes, levantando discussões acerca de comportamento que podem ser aceitos ou não, certos ou errados. Neste caso, o comportamento socialmente aceito, dentro de normas e costumes sociais adequados para a maioria da sociedade, é considerado comportamento ético. Esses costumes devem estar associados a um estudo teórico das normas de comportamento de outras épocas, sobre o que era considerado ético dentro de determinados povos, levando em consideração seus ideais, normas, valores. Entre os grandes filósofos que discutiram a respeito da ética, está Kant. Ele relacionou a ética a uma igualdade fundamental para o desenvolvimento de uma ética universal, uma moral igual para todos, racional. Já na Grécia antiga, a ética era vista sob o parâmetro da natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto da conduta, em que o objetivo, o centro das preocupações éticas era a busca da felicidade. E essa felicidade deve estar sempre norteada, segundo Platão, pela ideia do bem, à prática das virtudes, como justiça, sabedoria, fortaleza, temperança. Já para Aristóteles, a ética está estritamente ligada à variedade de seres e que se partir da correlação entre o Ser e o Bem, também deve haver uma variedade de bens. Isso quer dizer que quanto mais complexo for o ser, mais complexo será seu respectivo bem. Porém, assim como Platão, Aristóteles insiste na premissa de que a felicidade verdadeira é conquistada pela virtude, pela vontade e pelo esforço do homem em adquirir bons hábitos. A ética teve um