Resenha Crítica - Ética Stanislavski

Resenha Crítica do Texto “Ética (Obra Inacabada)” de Constantin Stanislavski O nome de Constantin Stanislavski ficou registrado na história como um dos pilares do teatro moderno. Nascido em Moscou, 1863, ele foi o responsável pela primeira sistematização do ofício do ator no Ocidente. Entretanto, apesar do seu trabalho ser focado na figura do ator, Stanislavski não buscava somente “um ideal de ator”, e sim um ideal artístico mais amplo, uma concepção de teatro que tem o ator em seu núcleo, mas que não se restringe a ele. Ele pensa a linguagem, a cena, o papel do público, a educação, e até (o objeto desse texto) a ética. Stanislavski parece se debruçar sobre a ética do teatro por reconhecer aquela que é uma das características mais marcantes do fazer teatral: o processo coletivo. Um pintor, por exemplo, cria sozinho a sua arte, e por isso não teria muito mais pra se preocupar além de suas tintas e telas. Mas mesmo esmo o ator que encena um monólogo precisa lidar com o diretor, com os camareiros, contrarregras, funcionários da administração, etc. Por isso, virtudes como cooperação, respeito, e, portanto, pontualidade, são preciosas para ele.
Além disso, a natureza do trabalho do ator indica que ele deve estar pronto para sua produção artística em uma hora pré-determinada. Dessa forma, cuidados preparação vocal e física também são da máxima importância. O pintor é quem decide a sua própria hora de trabalhar. Isso lhe dá a possibilidade de aguardar pelo momento em que ele julgue estar “mais inspirado”. Ao contrário, o ator precisa estar pronto para a criação artística durante seus ensaios e durante suas apresentações, que irão sempre ocorrer em datas e horários específicos, mesmo contra a sua vontade. Como poderia então um ator deixar tudo por conta da “sorte” ou da “inspiração”? O ator precisa fazer do seu ofício um exercício diário para ser capaz de interpretar um papel. Em um trecho mais polêmico, Stanislavski explica o caráter da relação que um ator deve