resenha critica v de vingança
Esta é maneira como V se apresenta para “Eva” no início da obra:
“Voilà! À vista, um humilde veterano vaudevilliano, apresentado vicariamente como ambos vítima e vilão pelas vicissitudes do Destino. Esta visagem, não mero verniz da vaidade, é ela vestígio da vox populi, agora vacante, vanescida, enquanto a voz vital da verossimilhança agora venera aquilo que uma vez vilificaram. Entretanto, esta valorosa visitação de uma antiga vexação, permanece vivificada, e há votado por vaporizar estes venais e virulentos verminados vanguardeiros vícios e favorecer a violentamente viciosa e voraciosa violação da volição. O único veredito é a vingança, uma vendeta, mantida votiva,não em vão, pelo valor e veracidade dos quais um dia deverão vindicar os vigilantes e os virtuosos. Verdadeiramente, esta vichyssoise de verbosidade vira mais verbose vis-a-vis uma introdução, então é minha boa honra conhecê-la e você pode me chamar de V.”
É impressionante como as suas frases de efeito procuram justificar, quase moralmente, a violência. Vale ler e assistir, livro e filme, sobretudo, pela linguagem fácil. É um gibi. A obra é anárquica do começo ao fim. Em Alan Moore se percebe a influência de valores pós-cristãos. Há um momento no filme que V escapa da prisão através de um incêndio. A cena é aterrorizante, lembra Satanás no Inferno. Muitas outras cenas lembram a personalidade do mais infeliz dos moradores das trevas e fazem referência explícita ao texto bíblico. Mas, Alan Moore argumenta bem a desconstrução da autoridade ilegítima do executivo, legislativo e