resenha comparativa
Livro: Factótum
Autor: Charles Bukowski
Bem, quem já andou pelo Fio da Navalha, deve ter notado que gosto muito de Bukowski. Não conhecia patavina de sua obra, mas visitando um blog dos que costumo navegar, dei de cara com uma resenha sobre um de seus livros.
Gostei e fui logo tratando de lê-lo. Prometo que em breve escreverei algo sobre ele, algo com mais detalhes de modo que todos possam conhecer melhor sobre sua obra e sua vida.
Factótum é o segundo romance escrito por Bukowski, confesso que não concluí a leitura, mas a ansiedade de publicar mais uma impressão pessoal de suas obras me fez vir aqui escrever, e por isso cá estou.
Antes de falar do livro, quero deixar expressa minha gratidão a L&PM Editores, (http://www.lpm-editores.com.br) que aqui no Brasil é a maior publicadora das obras de Bukowski. Espero, e tomo a liberdade de sugerir que lancem novos títulos para nosso deleite.
Este livro, como disse, foi o seu segundo romance, publicado em 1.975. Nesse romance, encontramos novamente nosso personagem Henry Chinaski, que é o alter ego de Bukowski.
Bukowski narra de forma brilhante, simples, ácida e crua, como em suas outras obras, a vida desse jovem aspirante a escritor. Um jovem que desde cedo conheceu o fundo de vários poços.
Factótum significa "faz tudo", e foi realmente assim a vida do jovem Chinaski, vivendo de bico em bico, de porre em porre, de ressaca em ressaca. Suas companheiras, suas putas e bêbadas parceiras, com quem dividiu sua miséria, sua fortuna, sua garrafa e o seu prazer, assim como elas fizeram com ele. Assim como ele. Um ébrio, um alcoólatra assumido. Perdido. Vagabundo vadio.
Chinaski, quer ser escritor, mas as oportunidades são poucas. Se já era difícil ser ajudante geral de porra nenhuma, o que se pode dizer sobre as infinitas dificuldades para se conseguir reconhecimento como artista, em uma época onde a segunda guerra causava perdas irreparáveis a todas as nações de jovens