Resenha comparativa entre duas cidades
Comparando os dois textos fica clara a distinção existente em seus conteúdos. O texto “A alma encantadora das ruas” de João do Rio retrata de uma maneira simples e com riqueza de detalhes a cidade do Rio de Janeiro, que foi batizada pelo nome de “Cidade Maravilhosa”. O autor, por possuir uma grande intimidade com a geografia da cidade, expõe com clareza e precisão todos os seus problemas, tanto de infraestrutura, como de ordem social e usa como foco de suas comparações as suas ruas e as pessoas que as utilizam, porque segundo o autor a rua tem vida, tem alma, como nessas passagens: “... a rua é mais que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma!...”, “A rua nasce como o homem, do soluço, do espasmo”, “... A rua é a eterna imagem da ingenuidade, comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios.”, “A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça...”. Através dessas indagações, podemos concluir que o autor ao abordar o tema, destaca que o lugar é repleto de vida, é transparente e todos que o habita vive com os seus variados problemas, compartilhando anseios e esperança. Já o texto que aborda a descrição da cidade Sérvariade, totalmente contrária àquela descrita no texto de João do Rio, demonstra uma cidade sem sentimentos, como se fosse uma caixa vazia, por isso é considerada a cidade mais regular do mundo. Ela não tem vida e ignora as pessoas que contribuíram para erguer as suas edificações. Suas esquinas são vazias e com as suas ruas largas e tão retas elimina a possibilidade de encontros fortuitos. Sobre a existência da manutenção da lei e da ordem, o autor retrata um lugar sem problemas, sem nenhuma ameaça de risco, contudo, essa situação só é possível porque os enfermos, os necessitados, os desamparados e os criminosos são transportados para fora