Resenha Critica do Filme Aos Treze
Resenha Crítica sobre o filme Aos Treze
A história trazida pela diretora Catherine Hardwicke, insere o espectador no mundo “nú e crú” de uma das fases mais conflituosas de nosso desenvolvimento enquanto sujeitos, a adolescência. A protagonista Tracy inicia o filme mostrando-se uma menina sensível e estudiosa, que em função do seu comportamento tranquilo acabava por não chamar muito a atenção de sua mãe, mas que apesar das dificuldades vivia em harmonia com seu irmão e a mãe. Ao entrar no colegial ela se depara com um mundo totalmente novo, com suas próprias regras e leis de sobrevivência. Neste novo cenário Tracy precisa escolher qual o tipo de grupo que ela gostaria de pertencer, e ao se deparar com a adolescente Evie, a garota mais popular da escola, e passa a desejar ser como ela. Na busca de identidade, o adolescente recorre à situações que se apresentam como favoráveis no momento para que este possa fazer parte e possuir o seu lugar nesta sociedade à parte, da qual, agora, faz parte (Aberastury ;Knobel, 1981). Determinada a não fazer parte do grupo “losers e invisíveis”, Tracy busca se aproximar de Evie, e com sucesso, acabam por ir juntas fazer compras. Na loja Tracy se surpreende por descobrir que as meninas, as quais admirava e fantasiava, cometem furtos nas lojas para obter o que desejam e sua reação inicial foi de insegurança, mas pelo anseio de “fazer parte” e provar-se no grupo, adere ao mesmo comportamento.
Um fator normal da adolescência acaba por ser o desenvolvimento de “identidades transitórias” - adotadas durante um certo tempo, para adequar-se ao meio. No grupo o adolescente recebe um reforço muito necessário para os aspectos mutáveis do ego que se produzem neste período e transfere ao grupo grande parte da dependência que anteriormente se mantinha com a estrutura familiar e com os pais.
No decorrer do tempo Tracy muda radicalmente. Trocando suas antigas amigas da escola por Evie