Resenha cr tica As verdades e as Formas Juridicas
A verdade e as formas jurídicas
Data de entrega: 20/03/2015
1. Conferência 1
A primeira conferência é organizada de maneira introdutória e posicional. Michel Focault apresenta suas premissas filosóficas, afirmando que sua análise só tem sentido sob a obra de Nietzsche. Dessa forma, aproxima-se da oposição que o filósofo alemão faz da noção de ‘origem’ transpondo para o termo invenção, posição que implica em uma nova concepção sobre o conhecimento. Michel também nos faz notar que existe uma tendência chamada de marxismo acadêmico, que consiste em procurar de que maneira as condições econômicas de existência podem encontrar na consciência dos homens o seu reflexo e expressão. Essa forma de análise, tradicional no marxismo universitário da França e da Europa, apresenta um defeito muito grave que era o de supor que o sujeito humano, o sujeito de conhecimento, as próprias formas do conhecimento são de certo modo dados prévia e definitivamente, e que as condições econômicas, sociais e políticas da existência não fazem mais do que depositar-se ou imprimir-óriase neste sujeito definitivamente dado. Dessa forma, existem práticas sociais que podem chegar a engrenar domínios de saber que não somente fazem aparecer novos objetos, novos conceitos, novas técnicas, mas também fazem nascer formas totalmente novas de sujeito e de sujeito de conhecimento. O próprio sujeito de conhecimento tem uma história, a relação do sujeito com o objeto, ou seja, a própria verdade tem uma história. Podemos dizer que a historia do domínio do saber em relação com as práticas sociais excluídas a preeminência de um sujeito de conhecimento dado definitivamente, é um dos primeiros eixos de pesquisa. O segundo eixo de pesquisa é um eixo metodológico, que poderíamos chamar de analise dos discursos, que se parece com uma tradição aceita recentemente nas universidades européias. O terceiro eixo de pesquisa vai definir por seu encontro com os dois primeiros