Resenha Contrato Social
Ao estudar a sua sociedade, Rousseau estabelece os princípios para uma sociedade livre e igual, tendo por objetivo a construção da democracia. Considera crucial a participação dos cidadãos na vida política, porque essa é uma condição necessária para o exercício da democracia; para tal vai questionar os fundamentos do poder político da sua época.
O ponto principal é que, os homens, ao se depararem com todas as dificuldades da vida no “estado de natureza”, onde reina o egoísmo e competição, ao ponto de verem ameaçada sua própria sobrevivência, percebem que vão perecer se não mudarem sua maneira de ser: o contrato social pode resolver, através do qual se funda a sociedade política e o homem deixa o “estado de natureza” e passa ao “estado civil”, parte da alienação total de cada associado, com todos os seus bens, à comunidade inteira: “cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção da vontade geral; e recebemos enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo”. Eis a “vontade geral”, a força possível de se submeter sem perder a liberdade. É o pacto através do qual os homens se submetem à “vontade geral”. Quando esses criam o Estado é justamente para sair da miséria criada pela sobreposição da vontade particular à vida, e elevar-se a uma condição moral superior. Seguindo a frase do autor, “um homem que segue suas próprias leis é um homem livre”, igualmente será livre um povo que segue as leis que ele mesmo escolhe. Sendo resultado de um contrato, todos os membros da sociedade quando percebem que o Estado não está se guiando pela “vontade geral” e não mais cumpre com a razão de sua criação, podem desfazer a sociedade e