Resenha do contrato social
Jean Jacques Rousseau foi um importante intelectual do século XVIII. Nascido em Genebra, no ano de 1712, dotado de uma inteligência impar e de qualidades inquestionáveis, Rousseau foi um dos mais importantes filósofos e escritores de seu tempo. Em sua obra ‘’O Contrato Social’’, bem como em todas as suas obras, ele defende a ideia de volta à natureza, a excelência natural do homem e a necessidade do contrato social para assegurar os direitos de todos. Nesse livro, o autor começa propondo que os homens façam um novo contrato, onde se defenda a liberdade do homem baseando-se na experiência política das antigas civilizações, nas quais predominavam o consenso e dessa forma garantiam-se os direitos de todos os cidadãos. No decorrer dos quatro livros ele discorre sobre isso. Ao longo do primeiro livro, Rousseau defende a ideia de que o homem é livre por natureza, mas que com o passar do tempo, devido às circunstâncias, ele perde essa liberdade. Ele critica a escravidão, por acreditar que esta se opõe ao direito. Em seguida, ele diz que é o povo quem escolhe seu representante, assim como a forma de governo, que é decidida por convenção. Posteriormente, o autor trata sobre a passagem do homem do estado natural para o civil, ele alega que essa mudança é fruto da necessidade que o homem tem de adquirir liberdade moral. Depois ele cita as principais condições para um cidadão ser dono de um terreno, de uma propriedade, que são: desde que ninguém habite nesse terreno; que ocupe somente o necessário para subsistência, tome posse não pela cerimônia, mas pelo trabalho; esses são os únicos sinais de propriedade que se devem ser respeitados. A partir do segundo livro, Rousseau explana sobre o âmbito jurídico do Estado civil, ele diz que a soberania do povo é indivisível, que, normalmente, a vontade geral não erra, a menos que seja enganada por um demagogo.