resenha- contagio
Embora este tipo de história geralmente esteja mais próxima das obras de ficção científica, não se engane: Contágio é basicamente um drama. E não, não há zumbis no filme. A trama acompanha diversos personagens ao mesmo tempo, mostrando como eles se comportam diante de uma pandemia, que começa já nos primeiros minutos de filme, sem nenhuma enrolação desnecessária.
A ideia é bacana pois mostra desde o renomado médico que representa a Organização Mundial da Saúde – Dr. Ellis Cheever, vivido por Laurence Fishburne – e sua equipe que busca uma vacina para a doença misteriosa até o cidadão comum, Mitch Emhoff, um pai de família desesperado (Matt Damon) que perdeu a esposa (Gwyneth Paltrow) em questão de dias e agora luta para proteger a filha da doença.
Há muita política envolvida também, com discursos sendo cuidadosamente preparados para não alarmar os cidadãos, e coisas do tipo. O clima de conspiração também é constante, com o blogueiro/jornalista investigativo Alan Krumwiede (interpretado por Jude Law) conspirando contra o governo e as indústrias farmacêuticas, incitando o uso de remédios homeopáticos e se tornando uma celebridade na internet.
A edição do filme vai se alternando entre estes e vários outros personagens, o que deixa o andamento da história bem dinâmico e interessante. Mas o principal triunfo do roteiro é sem dúvida a forma como ele retrata o caos que assola a humanidade quando ela se depara com uma pandemia tão poderosa. O que começa com um caso isolado na