Resenha Castilho
Resenha da Obra:
Língua – Vidas em Português, de Victor Lopes
O filme documentário é dirigido por Victor Lopes1 e foi vencedor do Grande Prêmio de Lusofonia - Portugal, 2002. O filme é ambientado em 6 países (Moçambique, Brasil, Índia, França, Portugal e Japão).
Logo de inicio, antes mesmo das primeiras imagens, somos bombardeados por sotaques e visões diferentes a respeito do que é e para que serve a Língua Portuguesa, aproveitando assim para inserir o expectador na universalidade deste idioma. Aliás, idioma? Será que isto define a Língua Portuguesa?
Goa - India - 60 mil pessoas que falam Português
Primeiro local retratado no filme com falantes da Língua Portuguesa. Chega a ser extraordinário imaginar que na Índia de 1 bilhão de pessoas, com seu Híndi e seus inúmeros dialetos, o Português resiste ao tempo e ao insignificante números de falantes com relação ao idioma oficial, uma vez que o Português só é falado quase que exclusivamente pelo descendentes de imigrantes portugueses. Observam-se as primeiras variações linguísticas, como o uso do "c", antes do "t", como na referência ao forno "electrico", falado pelo padeiro.
Moçambique - 8 Milhões de falantes - Língua Nativa
Em Moçambique, país onde o Português é língua oficial, somos apresentados a Ilha de Inhaca pelo escritor Mia Couto. O escritor fala do dinamismo e vivacidade do Português devido a sua formação histórica e cultural, o que lhe agregou as variações culturais e linguísticas. Neste sentido, o Português “sujou-se” no momento em que passou a se misturar às raízes de cada terra, de cada chão “com quem ele namorou” como ele cita.Na segunda parte o filme apresenta um pouco da história da chegada dos portugueses, contada pelos próprios descendentes. Assim ele também mostra a separação de castas da índia, entre os descendentes que moram em grandes mansões e os desabrigados que ocupam o Grande Hotel, como é o caso de