resenha - Caso dos Exploradores de Cavernas
O Caso dos exploradores de Cavernas, de autoria de Lon Luvois Fuller, descreve um caso fictício, decidido pela Suprema Corte de Newgarth no ano de 4300, de homicídio seguido de antropofagia. Sua descrição se baseia no desafortunamento de cinco exploradores que são aprisionados em uma caverna após um deslizamento de rochas e terra. Passados 20 dias vividos nessa situação estressante, a decisão de matar um dos integrantes do grupo, para que então ele sirva de alimento para o restante, surge como única solução para que todos eles não sofram de morte por inanição. O escolhido para morrer foi decido pela sorte de dois dados que cada um dos exploradores teria a chance de jogar. Whetmore, integrante que trouxe a idéia de tal procedimento de escolha, declina de participar, antes que um dos outros 4 exploradores jogasse os dados em seu lugar. Coincidentemente, Whetmore vem a ser a vítima do jogo que propôs. Após o resgate, os 4 sobreviventes são processados e condenados à morte pela forca. No entanto, recorrem da decisão de 1ª instância, e o caso é encaminhado a Suprema Corte.
2. Desenvolvimento
Voto do presidente Truepenny O juiz Truepenny foi responsável por dar a descrição detalhada do caso a ser julgado. Nessa tarefa, ele se mantém fidedigno ao ocorrido, sem emitir sua opinião ou suas convicções morais e emocionais. O primeiro fato que deve ser observado no relato de Truepenny é a morte de 10 trabalhadores quando estes se empenhavam no resgate dos exploradores. Isso poderia ser argumento favorável a absolvição dos acusados, considerando que a morte dos trabalhadores foi o preço pago pelas vidas dos 4 sobreviventes. Porém, tais trabalhadores são contratados conscientes do risco que correrão e do papel que exercem, prestando assistência a quem tem apenas eles como recurso de sobrevivência. Portanto, suas mortes não podem servir como defesa. A omissão do Estado também deve ser considerada. Vinte dias após o deslizamento e aprisionamento dos