Resenha - Arquitetura Colonial Mineira
Resenha: A Arquitetura Colonial Mineira
O texto de Sylvio de Vasconcellos pretende demonstrar que "houve etapas definidas da sociedade e da arquitetura mineiras, correspondentes entre si", e que essas etapas, "quando cumpridas, materializaram-se nas construções." (VASCONCELLOS, 1979, p. 19).
O autor, então, estabelece quatro premissas básicas para entendermos melhor o estudo da arquitetura presente em Minas no período colonial. São elas: 1) não há uma arquitetura brasileira e muito menos, mineira, propriamente dita; 2) ausência de uma economia estável impediu a realização de construções mais requintadas, especialmente no setor residencial; 3) a origem da arquitetura mineira; 4) influência das condições do meio.
Vasconcellos discorre sobre cada um desses pontos, e demonstra a influência de cada um deles tanto na história social quanto arquitetônica de Minas. Em seguida, ele compara o tipo, os projetos, os materiais, as influências, entre as construções litorâneas e as de Minas Gerais.
Após essa introdução o autor divide o texto em duas partes: 1) Arquitetura Residencial, e 2) Arquitetura Religiosa, e em cada uma delas, ele explica como se manifestou a arquitetura e a organização social.
Na primeira parte, na qual é tratada a arquitetura residencial ele fala das construções das casas, das divisões e distribuições dos quartos, e da própria posição da casa em relação ao terreno. Discorre também sobre a decoração, que no caso da residencial foi mais precária do que na religiosa, pois esta contava com um esforço mútuo dos indivíduos; e da evolução das fachadas.
Já na segunda parte, tratando da arquitetura religiosa, o autor separa quatro etapas da arquitetura e organização social local, sendo elas:
A 1º etapa: a formação das povoações, ausência de classes sociais. Capelas precárias, invocações de santos, um só altar. A 2º etapa: povoações estabilizadas, início da formação de classes, predominância de uma delas, agrupamento de