resenha Abrucio
O artigo está dividido em três capítulos: 1. Introdução, 2. Da redemocratização ao governo Lula e 3. Renovação da agenda de reformas: quatro eixos estratégicos.
Na introdução do artigo, Fernando Luiz Abrucio ao fazer um balanço sobre o processo de reforma revela que houve avanços e inovações mas os resultados foram desiguais e fragmentados para o conjunto do Estado. O autor com base numa sintética reconstrução histórica procura ter um olhar crítico sobre o passado recente com vistas à criação de uma agenda efetiva e de longo prazo em torno do tema da gestão pública.
No segundo capítulo, Fernando Luiz Abrucio analisa o processo recente de reforma do Estado no Brasil, que começou com o fim do período militar, a crise do regime autoritário e a derrocada do modelo nacional-desenvolvimentista.
O autor destaca que a principal preocupação dos atores políticos na redemocratização foi tentar corrigir os erros cometidos pelos militares, dando pouca atenção à necessidade de construção de um modelo de Estado. O autor destaca que alterações importantes foram realizadas no final da década de 1980, favorecendo o reordenamento das contas públicas. Nesse período, os constituintes mexeram em várias questões da administração pública, entre elas a democratização do Estado, a descentralização e a chamada reforma do serviço civil, por meio da profissionalização da burocracia. Todas essas mudanças trouxeram ganhos à administração pública brasileira, porém, o sentido de cada uma delas não se concretizou completamente por conta de uma série de problemas.
Segundo o autor, na era Collor, dois raciocínios falsos contaminaram o debate público: a idéia de Estado mínimo e o conceito de marajás. Para Fernando Luiz Abrucio, as medidas tomadas nesse período foram um desastre e causaram o desmantelamento