Gilberto Freyre Em Sua Obra Casa Grande
Os portugueses eram habilidosos, segundo o autor. Eles facilmente poderiam dominar conhecimentos dos locais aos quais pretendiam colonizar com a ajuda dos próprios nativos. É claro que isso nem sempre foi tão fácil, mas, no caso do Brasil, pode-se dizer que eles tiveram essa sorte.
Freyre afirma que os portugueses têm três características fundamentais que os permitiram ser um dos maiores impérios daquela época. A capacidade de misturar-se também é defendida por Freyre, no qual os lusitanos aproveitavam suas estadias e mantinham relações sexuais com as nativas, que destas tinham filhos.
Portugal fica em uma área estratégica no mundo, por isso, segundo o autor, a capacidade de se adaptar às condições de países tropicais, ao contrário dos colonizadores nórdicos. No caso do Brasil, por ser um país quente, os portugueses tiveram, de certa forma, uma maior aceitação quanto ao clima, e mais tarde ao que a terra produzia.
Os portugueses para conseguir maior produção agrícola, escravizaram os nativos e, depois, contrabandeavam escravos vindos do continente africano. E assim surgiam também novos modelos de família, pois os lusitanos tinham filhos com as índias e as negras, que se tornavam um núcleo produtor dentro da senzala.
Essa nova formação familiar facilitou bastante a colonização do país, onde os Senhores tinham sua casa, com família e a senzala com os escravos, de onde tiravam o sustento da agricultura e do comércio de bens de valor. Gilberto Freyre demonstrou grande admiração pela forma como os portugueses se desdobraram para chegar a ser um grande império e se manter sendo grande.
Com o passar do tempo, os filhos desses