República de platão
Livro I A República começa com uma cena verdadeiramente grega. Uma festa em honra da deusa Bendis, que é realizada no Pireu. Sócrates e seu amigo Glauco estão prestes a sair da festa quando são detidos por um chamado de Polemarco, e os obriga a permanecer, prometendo a eles o prazer de conversar com os jovens, o que para Sócrates era muito melhor. Chegando à casa de Polemarco, Sócrates começa a discorrer com Céfalo que lá estava. Neste colóquio procuram ambos encontrar a definição de justiça. Ao longo da conversa, Céfalo afirma que a idade é um momento de paz em que a tirania das paixões não é mais sentida. Sócrates concorda com isso, porém diz que as pessoas são vão considera-lo feliz pela sua riqueza. A partir daí surge as indagações: qual o significado d palavra justiça? Por acaso seria simplesmente pagar suas contas? Ou seria algo mais? Vale a pena ser justo? Ou basta parecer justo? Há diferença entre o justo e o injusto? O justo pertence ao bem? Essas são as variantes desta questão inicial, as quais diante delas o filósofo afirma que é melhor ser justo. E ainda afirma que bem está associado à justiça, diferente do que pensavam os sofistas.
Neste momento entra no dialogo Trasímaco, que afirma que a justiça não é outra coisa senão a conveniência do mais forte, desafiando Sócrates à provar o contrário. A isto Socrates responde com uma outra pergunta, para ter certeza do que Trasímaco estava falando. E propõe sua comparação: se Polimidas, o lutador de pancrácio, que é mais forte que nós, se a ele lhe convém comer carne de vaca, tal alimento será também para nós, que lhe somos inferiores, conveniente e justo ao mesmo tempo. A essa indagação Trasímaco afirma que o homem só tem a ganhar uma única vantagem injusta enquanto o injusto ganharia uma vantagem obre qualquer um; Sócrates, para testar esta afirmação, emprega mais uma vez a analogia das artes. Diz que o músico, médico, artista qualificados de qualquer espécie, não procuram