Repressão no governo Medici
De 1969 à 1974 foi eleito para Presidente da República pela Junta Militar, o General Emilio Garrastazu Médici membro da chamada “linha dura” das
Forças Armadas. Seu período na presidência ficou conhecido historicamente como um dos períodos da maior repressão da Ditadura Militar chamado os
Anos de Chumbo, embora tenha governado o País num período conhecido também como o Milagre Econômico Brasileiro.
O Milagre Brasileiro e os Anos de Chumbo coexistiram. Ao mesmo tempo em que o País crescia economicamente, a ditadura depois do AI-5 instalava-se utilizando como instrumento a tortura. Ao mesmo tempo em que Noventa
Milhões em Ação, cantavam Pra frentre Brasil, no meu coração, todos juntos vamos pra frente Brasil, Salve a Seleção!, outros compunham músicas como
Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão, não. A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pra chão pra expressar nessas letras a repressão e a censura à que eram obrigados a aceitar.
O ufanismo brasileiro nesse tempo estava em alta, encobrindo o clima tenso por qual o país passava. Muitos nem se quer sabem que existiu uma ditadura tão terrorista no Brasil, tão bem disfarçada e censuradas foram as notícias sobre essa questão. A repressão à oposição e os meios de comunicação justifica a alienação da populção.
A idéia desse Brasil Forte e Progressista em que houve 9.5% de crescimento do PIB, 11% de expansão do setor industrial e inflação estabilizada, em que as montadoras do ABC paulista colocaram em circulação 307 mil carros de passeio e em que os trabalhadores tinham em suas casas 4,58 milhões de televisões dava a idéia os militares que a ditadura era justificável mesmo utilizando meios que não justificam o fim que era a tortura.
A tortura era praticada para obtenção de "provas" e confissões da prática de ações de movimentos subversivos que "atentavam" contra a segurança nacional. Contudo, essa prática não era utilizada em defesa da