Representaçoes sincretismo
Antes de entra no objeto da pesquisa propriamente dito, que o estudo das representações sincretismo religioso que ocorre no ambiente escolar no município de Santo André, faz necessário estudo o inicio deste processo religioso. Isto será apresentado na primeira parte do artigo, onde se vai revisar o surgimento do sincretismo religioso no Brasil.
O sincretismo é uma mistura de etnias diferentes culturalmente como também religiosamente, na maioria das vezes com uma imposição de um grupo sobre o outro, fez surgir formas de cultuar divindades com as representações de outros deuses.
No Brasil analisaremos este processo a partir da chegada dos portugueses em nosso solo como nos afirma DIAS.[1]
A partir de 1500, o território brasileiro tornou-se palco para o encontro de três grandes tradições culturais: a ameríndia, nativa da terra; a europeia, trazida pelos colonizadores portugueses e a africana, trazidas pelos escravos bantos e sudaneses. Um encontro que foi desde o início marcado pela imposição da cultura europeia às populações indígenas e africanas, refletida, principalmente, na imposição da religião cristã da Igreja Católica Apostólica Romana a esses dois grupos.
O movimento sincrético brasileiro uniu três povos de diferentes culturas e religiosidades. Os nativos tinham uma religião animista e as crenças nos espíritos como nos afirma BOTELHO.[2]
O que podemos apreender dos relatos dos primeiros colonizadores sobre a religiosidade tupi foi que seu ponto central era o culto à natureza deificada ou divinizada. O pajé e o feiticeiro, ou xamã, eram os que tinham acesso ao mundo dos mortos e dos espíritos da floresta, e geralmente a eles competiam realizar rituais de cura de doenças, expulsarem maus espíritos que se alojavam nos corpos das pessoas e desfazer feitiços mandados pelos inimigos. A ingestão de alimentos e bebidas fermentadas em muitos grupos tinha uma função