Representar

(Cena escura e vazia, igual á de uma bairro tipicamente lisboeta, vivesse momentos de violência aos direitos humanos)
Manuel Maneta – (entrando a gritar e a agredir a sua companheira) Estupida, parva, vais levar nesse focinho, anda cá que vou acabar contigo…
Ana – (pasma com a situação, assiste tudo dentro de casa e vais á janela) o que é que se passa aqui?
Manuel Maneta – (Furioso) tu mete-te na tua vida ou então levas no focinho também!
Ana – (com ar de impossibilidade) quem é que leva no focinho? Eu? Nem de um Homem quanto mais de uma amostra! Mas espera ai que eu vou ai a baixo que é para me dares no focinho! (convicta) mas espera aí!
(Manuel Maneta saí de cena gritando e agredindo verbalmente a sua companheira antes de a Ana chegar a palco, esta quando chega não vê ninguém, mas aparece-lhe o seu vizinho de surpresa)
Ana – (irritada) olha lá o valentão, dá-me lá no focinho a veres se és capaz, é que tu não és homem não és nada pah, (virando-se para o outro lado) não és homem não és nada.
(entra em cena, o seu vizinho)
Amâncio – (assustado) Não sou homem não sou nada.
Ana – (impávida e há procura do Manuel Maneta) Desculpe não era consigo! Não era você que eu queria que me desse no focinho.
Amâncio – (com ar de Macho) Eu cálculo que não, mas se tiver carenciada…
Ana – Oiça lá oh seu projeto de corno, mas quem é que você pensa que eu sou ha? Alguma Sadomasoquista ou quê? Eu vinha era a mandar vir era com o Manuel Maneta que só tem uma mão para tocar há campainha!
Amâncio – (confuso) O Manuel Maneta?
Ana – sim que só tem uma mão para tocar á campainha!
Amâncio – Mas o Manuel maneta…
Ana – (irritada) que só tem uma mão para tocar há campainha, você está surdo?
Amâncio – Mas você queria que o Manuel Maneta lhe desse no focinho?
Ana – A mim? Bem se aquele desgraçado se atravesse a tocar nem que seja só com um dedo daquela mão esquerda eu até (irritada) o matava caraças!
Amâncio – Então e se fosse com um dedo da mão direita!
Ana – não pode é maneta