Repovoamento florestal em portugal

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Na Europa Meridional, onde prevalece uma maior fragilidade ecológica da vegetação arbórea, a floresta já se encontrava num estado de degradação avançada desde a Antiguidade. O progressivo alargamento do espaço pastoril e agrícola acabou por fragmentar, senão destruir as matas primitivas. Além do mais, durante a Alta Idade Média, o dinamismo das relações comerciais no Mar Mediterrâneo e ao longo do litoral atlântico fomentou a construção naval nos principais portos da Itália e da Península Ibérica. O desequilíbrio entre a oferta e a procura das madeiras nacionais se intensificou quando Portugal iniciou a sua política de expansão, tornando necessária a adoção de um vasto número de disposições legais de caráter ambiental.
Em Portugal, em 1521, o corte de árvores foi proibido, o desrespeito a essa determinação acarretava penas que variavam desde o açoite até o degredo permanente à Ilha de São Tomé. Foram editadas leis na defesa dos animais, proibindo seu abate com o uso de redes, fios ou quaisquer outros meios e instrumentos que viessem a causar “dor”, sendo previstas penas que variavam entre multa e a perda dos instrumentos mecânicos ou animais utilizados na caça. É importante ressaltar que essas leis foram estendidas as Colônias Portuguesas.
Durante a Monarquia Universal Católica a defesa das áreas florestais foi uma constante da administração filipina no Reino, não apenas para o aproveitamento dos terrenos não cultivados, como para regular o abate das árvores, visando à construção de armadas e à defesa da costa.
Em 1594, Filipe I determinou a criação de áreas de preservação florestal, visando proteger as florestas portuguesas remanescentes do corte descontrolado. Também foram editadas as obrigações do guarda das matas estabelecendo suas responsabilidades no combate a incêndios florestais, provocados pelo fabrico do carvão ou atos criminosos, assim como no roubo de madeiras para a construção civil e o reflorestamento.
No ano seguinte, Dom Filipe determinou uma

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