reportagem sobre radioatividade

Japão detecta água radioativa fora de Fukushima
A empresa que opera a central nuclear de Fukushima reconheceu que água com alto índice de radioatividade vazou dos edifícios dos reatores
A empresa que opera a central nuclear de Fukushima reconheceu nesta segunda-feira (28/03) que água com alto índice de radioatividade vazou dos edifícios dos reatores, uma descoberta que pode agravar o temor de uma grande contaminação ao redor da instalação. Esta água contaminada inundou os túneis técnicos que passam sob a sala de máquinas dos reatores 1, 2 e 3.

Detectamos água acumulada em poços de observação de um duto subterrâneo que desemboca no exterior do edifício do reator 2, com um nível de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora', declarou um porta-voz da empresa Tokyo Electric Power (Tepco).
Já tinham sido observadas mostras de água radioativa, muito provavelmente procedente dos reatores, no subsolo das salas onde se encontram as turbinas, mas é a primeira vez que os engenheiros da Tepco detectam a presença de água contaminada no lado externo.
Na quinta-feira (24/03), três funcionários foram expostos a altos níveis de radiação quando entraram em contato com a água na sala de máquinas do reator 3, medida em 180 milisieverts por hora. Os três foram liberados do confinamento nesta segunda-feira (28/03), depois que os médicos não detectaram perigo imediato para a saúde dos envolvidos.
Os poços de observação dos três túneis ficam a 60 metros do Oceano Pacífico, e a água contaminada pode ter seguido até a margem, admitiu a Tepco. 'Estamos verificando se a água pode ter entrado em contato direto com o mar', disse o porta-voz da empresa.

Uma taxa de iodo radioativo 1.150 vezes superior à permitida por lei foi medida na água do mar a 30 metros dos reatores 5 e 6. A radioatividade pode ter origem nos reatores 1 a 4, os que sofreram MAIS danos, situados 1,5 km ao sul, onde foram registradas taxas quase 2.000 vezes acima do padrão aceitável.
O bombeamento da