Repensando e redescobrindo uma aula de português
Antunes expõe que o professor não sabe ser crítico, pois está acostumado que lhe digam o que ele tem que fazer. Como a tradição é seguir o material didático, o professor não aprendeu a criar e a inventar seus programas de aula, ou seja, o conhecimento que ele transmite é produzido por outra pessoa. Nesse contexto, o que sobressai é um professor que transmite conteúdos e não um professor pesquisador, investigador, questionador e reflexivo.
Para que uma aula de português abranja as competências da língua, pois essa é a proposta, é necessário que se mude o foco do estudo, isto é, a mudança das técnicas usadas em sala de aula. A escola precisa se afastar da perspectiva nomeadora e classificatória na qual trabalha e passar para a perspectiva da língua-em-função, ou seja, ter como objetivo a língua como uso social. Para que isso aconteça, Irandé propõe que o objeto de estudo seja o texto, pois por meio dele se estuda o todo, se compreende o sentido que as palavras transmitem, assim, o aluno terá uma visão plena de língua.
Nessa perspectiva, o programa para uma aula de português abrangeria o falar, o ouvir, o ler e o escrever textos. Para o desenvolvimento dessas habilidades o professor poderia desenvolver atividades, como debates acerca de temas polêmicos, pois assim os alunos poderão trabalhar a argumentação, defendendo, justificando, criticando pontos de vistas distintos. Vale lembrar que essa atividade constitui parte da competência comunicativa dos falantes, uma vez que ela implica um exercício de usos da língua, ou seja, o professor pode pedir para que o aluno ao se