Renda da terra

Com o passar dos tempos ocorreram mudanças nas relações de trabalho e na própria economia, onde a terra era tratada com espírito de coletivismo, ou seja, todos compartilhavam da mesma terra, não havendo propriedade privada. Com o passar do tempo, o homem, com suas descobertas territoriais, acabou tornando inevitáveis as colonizações e o escravismo. Na Roma Antiga, o escravo trabalhava para o seu senhor e por seu trabalho conquistava um pedaço de terra para sua subsistência. Surge então a seguinte dúvida, Quando a Terra vira mercadoria? Quando a terra passa a ser explorada com a finalidade de atender ao mercado?
Três pesquisadores foram fundamentais para a construção da Teoria sobre a Renda da Terra, são eles Adam Smith, David Ricardo e Thomas Malthus.
David Ricardo refere-se à renda da terra como sendo a compensação paga ao seu proprietário pelo uso das forças originais e indestrutíveis da terra. Na colonização de um país bem dotado de terras férteis e ricas, onde apenas uma parte era utilizada para o sustento da população, servindo-se do capital dessa mesma população, disponível para seu cultivo, não haverá renda, pois ninguém paga pelo uso da terra.
Segundo os princípios da oferta e da demanda, nenhuma renda seria paga em troca de quaisquer bens da natureza existentes em quantidade ilimitada.
Se todas as terras possuíssem as mesmas características ilimitadas na quantidade e na qualidade, seu uso nada custaria, salvo se possuíssem vantagens particulares de localização. Dessa forma a terra não é ilimitada em quantidade nem na qualidade, e porque o crescimento populacional fará com que terras de qualidade inferior, com desvantagens de localização, sejam postas em cultivo, e a renda será paga pelo seu uso.
Com o desenvolvimento da sociedade as terras que oferecem uma menor fertilidade são utilizadas para cultivo, fazendo surgir renda sobre as de maior fertilidade. A magnitude dessa diferença de renda dependerá então da qualidade dessas terras.
Esse processo