Estimativa do valor da renda da terra
1. INTRODUÇÃO.
Determinar o valor da renda justa de uma propriedade é uma operação critica devido a envolver rendimentos a partilhar equitativamente entre arrendatários e proprietários.
O valor da renda a pagar pelo arrendamento de um prédio rústico depende da produtividade natural da terra, dos preços de mercado dos produtos agrícolas e florestais, dos custos de produção, das ajudas e subsídios oficiais e da relação oferta-procura de terras para arrendar.
Circunstâncias específicas podem justificar um valor mais alto ou mais baixo, tais como:
• Pequeno tamanho ou forma irregular das parcelas de cultivo;
• Presença de terraços, ravinas ou depressões (linhas de água) que afectem os tempos de execução das operações culturais;
• Dificuldade ou restrições de acesso aos campos de cultivo;
• Máxima proporção de área que pode ser semeada com culturas arvenses de sequeiro e regadio;
• Área com capacidade de uso limitada a pastagens e floresta;
• Área ocupada por matos e afloramentos rochosos;
• Nível alto ou baixo da fertilidade do solo ou do pH;
• Preços mais altos ou mais baixos devido a custos de transportes, facilidades de escoamento, distância às zonas industriais e centros de consumo ou procura alimentar;
• Nível das ajudas estatais aos preços e/ou rendimentos agrícolas (RPU e ajudas especificas).
Em regra a metodologia de estimativa do valor da renda da terra não considera o valor dos edifícios ou instalações agrícolas que o rendeiro possa usar.
A terra é um capital e, como tal, tem direito a um retorno sobre o investimento. Consequentemente, os proprietários que arrendam terras esperam um retorno do seu investimento com base no potencial de ganhos provenientes do rendimento da terra.
Por sua vez o rendeiro está disposto a pagar o uso da terra, mas o valor da renda que pode pagar encontra-se limitado por: a) o potencial de produção; b) o preço de mercado esperado para os produtos agrícolas; c) as